quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
"Quisera Senhor, neste NATAL, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de folhas, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida .
Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável para que nossa amizade seja um momento de repouso nas lutas da vida. "
Feliz Natal a todos que de alguma forma, foram especiais no meu 2010 .
Que em 2011 continuemos construindo juntos essa história de amizade, compartilhando alegrias e muita PAZ !
sábado, 18 de dezembro de 2010
porque, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. o quanto uso das partes que brigam dentro de mim. há muito, eu me confundo. porque metade não tem medo e levanta os braços, na descida da montanha-russa. olhos abertos, enquanto outra acha melhor enfrentar a queda com as mãos na barra. segurando forte. espremendo os dois olhos, fechados, desde o começo do percurso. metade prefere brincar na beira da praia. no raso. enquanto outra não vê problemas em pular dezenas de ondas e nadar onde a pequena bandeira vermelha, agitada pelo vento, avisa sobre o risco. sobre o possível afogamento. porque, há muito, eu erro a receita do equilíbrio. uso a parte que não deveria na hora em que não poderia. me confundo com as metades que brigam dentro de mim. porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada. pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa. seta torta, avisando sobre o perigo. metade não suporta a burrice, a pequenez, a lerdeza. outra, sempre calada, tolera a banalidade. engole a ignorância. convive com a mediocridade. há muito, eu erro a mão. a dose. me confundo com o que devo usar. porque metade briga. explode. dedo apontado na cara, enquanto outra se recolhe, quieta, debaixo da cama. no quarto fechado. no tudo escuro. metade berra. outra sussurra. tenho uma parte que acredita em finais felizes. em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. tenho uma metade que mente, trai, engana. outra que só conhece a verdade. uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. outra que sobrevive sozinha. metade auto-suficiente. mas, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. me perco. há dias em que uso a metade que não poderia. dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria. porque elas brigam dentro de mim, as metades. há algumas mais fortes. outras ferozes. há partes quase indomáveis. metades que me fazem sofrer nessa luta diária. não deixar que uma mate a outra.
' Eduardo Baszczyn
Acredito que a natureza humana é essencialmente amorosa e que quando não demonstramos isso é porque há nuvens muito espessas escondendo o nosso sol. Nuvens de medo, dor, raiva, confusão. Mas o sol está lá, preservado, o tempo todo. Em algumas pessoas, mais do que em outras, parece que as nuvens demoram muito tempo a se dissipar, é verdade. Às vezes, podem até não dissipar durante uma vida inteira, é verdade também. Mas, à medida em que começamos a abrir o nosso coração, é inevitável não sentir que ser amáveis e cuidadosos uns com os outros não é um favor, uma concessão. Inevitável não sentir que o gostinho bom de dar amor é tão saboroso quanto o de recebê-lo.
'Ana Jácomo
É meu pecado, meu menino. Meu ninho, meu lugar confuso. Não questionei se aquilo pudesse ser o melhor pra minha vida, porque todas as escolhas "certas" que havia feito, na verdade, sempre foram mortas. Eu precisava era de algo que me reacendesse. Que desencontrasse do que eu já havia sido. E tudo assim mudou: por ele arrisquei, me revirei ao avesso, delirei de amor, suportei o ódio, engoli o tédio, perdoei, sonhei, sonhei... Nele está o poço que chorei e o jardim que sorri. Ele me rouba, sem sentir, e eu só queria sê-lo também, com o mesmo poder que ele tem; a qual fere e depois contém, com uma facilidade que me perturba. Tenho renascido todas as manhãs, com uma força sobrenatural, que de certo deva existir sobre as almas que amam e sofrem; que se desintegram instintivamente só para ter teu amor por inteiro, egoísta e louco. E se é que inteiro exista, continuo juntando (meus, nossos) planos, nessa guerra desenfreada de sentimentos, onde tormentas se repetem, por uma sede, so sad, de querer ser a única razão da vida dele. E porque acredito, ainda insisto pertencer.
' Patty Vicensotti
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
"Não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. Já conheço os passos dessa estrada, e mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vz amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida."
' (Fernanda Young)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
E agora, repentinamente, como se o tivesse conjurado, o telefone toca no térreo e uma voz clara, sedosa, suave diz: 'Como vai, menina'? Sei lá o que respondi. Gritei por dentro. Engasguei, sofri um ataque epilético de êxtase, de um insano e alucinado êxtase, ali parada, mas SÓ POR DENTRO. - 'Estou bem, obrigada'!
' Diários de Sylvia Plath
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Cada pedaço da nossa vida que a gente conta pra alguém, vira história pra sempre e de história nunca se esquece. Cada detalhe que alguém querido divide com você, deixa de fazer parte só da aventura da vida dele e passa e ser um pedaço de você, também. As pessoas não se conhecem por acaso, elas não se amam por acaso e suas vidas não se tornam uma em tantos momentos marcados na linha da existência por acaso. Eu preciso contar pro mundo quem eu sou não pro mundo me entender, eu preciso dizer o que eu sinto porque, se eu compartilhar, não vai ser mais o meu ponto de vista sozinho e eu vou ter a chance de sentir, mais uma vez, alguma coisa diferente.
' Rani
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A solidão e eu trocávamos olhares. Às vezes eu a esperava e nós conversávamos. Ela acabou por se afeiçoar a mim de tanto me encontrar, e, a sua maneira, resolveu me pedir em casamento. Assinei o contrato. Eu estava ciente, e, pela falta de opções, decidi continuar. Muito embora as pautas de negociação tenham sido cada dia mais complexas - devido a inflação do ego, os reajustes emocionais estiveram sempre nos centros dos conflitos. As sucessivas campanhas para que ela me contasse o que se passava, que frequentemente eram acompanhadas por greves de "verdades", terminaram derrubando o que eu pudesse estar pensando. O que falta é um pouco menos de silêncio e isolamentos limítrofes - protestei. Cedendo às pressões do hábito de ócio, ela retrucou: O que falta é um pouco menos de tempestades que façam cair alucinados os pássaros dos ninhos de seus quintais - escutei. Imaginem só o cenário, concluímos. A essa altura, o céu havia se jogado em cima de nós, tentando consolar-nos com um terno abraço. Havíamos passado a noite contemplando uma constelação de estrelas ateias que nos interrompiam para que não brigássemos outra vez. Vimos astros vestidos de farrapos, sem as máscaras de encantadores nem as bijuterias finas. Devaneios de muitos sobreviventes. Pena que a gente não os entenda antes de nos ferirmos. A razão entrecortava nossas conjecturas, famosa por sacudir os nossos pensamentos com a força de furacões destemperados. Nossos espíritos desorganizados soluçavam como michês das madrugadas frias. Pelas causas perdidas, pelo credo não respeitado, pelas nacionalidades e idiomas, que naquela situação, nada tinham de estrangeiro. O medo nos seguia de olhar agateado, com passos invisíveis de expectativas. Num mio rouco que cochichava e ria. Por um instante, ocorreu-me a ideia de que se conseguíssemos abandonar nossas fantasias, não sem antes dar oportunidade a realidade, deixaríamos cair nossas máscaras de pele. A minha, de carrasco reconfigurado. E a sua, de fada madrinha de aparência chinfrim. Inseparáveis. O destino deixou-nos manusear a caneta o quanto quiséssemos, para que reescrevêssemos a nossa história. E a que encontramos em torno de nós já não era aquela que havíamos deixado.
' Pipa
eu preciso de alívio daqueles que só você sabe dar, quando a noite cai e não temos saída. as pessoas se encantam se consomem se consolam, mas a verdade é que cantam sozinhas que andam descrentes como quem já cansou de pedir. hoje eu preciso de consolo daquele que só você consegue, quando as histórias fazem pouco sentido e a nossa surpresa se dá pela sorte que seria, mas deixou de ser, porque não era sorte e sim amor.
' rani
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Aí do nada ele surge. Ele. Ele que é diferente de tudo.
Ele que é tudo. Mas tudo não existe.
Ele sim. Ele existe.
E gosta de poesia, de praia, de palavras simples e café na cama.
Ele que é lindo.
Lindo por fora, mas infinitamente lindo por dentro.
Que tem sonhos molhados, planos no varal e o coração atirado na mala.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Eu tenho um pouco de dó das pessoas que não têm você. Dó porque elas não ganham os seus beijos antes de dormir e, muito menos, percebem a diferença do seu cheiro pela manhã. Fresco. Eu tenho um pouco de pena do mundo que gira sem saber que você existe. Pena porque eles não sabem dos seus sorrisos e, muito menos, dos abraços que você sabe dar como ninguém. Nossos. Eu sinto muito por muita gente e muita coisa, às vezes é muito ruim estar extremamente feliz quando o mundo inteiro lá fora está mesmo uma porcaria. Mas não, eu não dividiria você com mais ninguém pra humanidade ser um pouco mais feliz. Eu não sou tão generosa assim.
' Rani
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Eu aceito algumas fazes ruins, algumas tristezas passageiras, mas essa coisa de lágrimas demais me incomoda. Não que eu seja forte e durona, porque isso é o meu maior blefe, tudo mentira. Só que deixar você perder as forças, lamentar e ainda não reagir? Isso não posso permitir. Aproveitando minha fama de que eu gosto de “mandar”, assumo aqui essa postura e mando: ”Garota, tome tento!”. Não quero ninguém parada no meio da estradinha, por causa de alguns espinhos que testam a gente de vez em quando, pode refazer suas trancinhas, botar um sorriso neste rosto e superar esses dias de melancolia” (...) Tem dias que amanhece tão nublado, que meu astral também deprime um pouco e quando eu menos espero olho aqui pela janela e têm um sol lindo aquecendo nossas vidas; essas coisas inesperadas da natureza (....)
' [Juliana Sfair]
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