segunda-feira, 19 de julho de 2010



"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto.
Não sei sentir em doses homeopáticas.
Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim,
prefiro que não seja.

Não me apetece viver histórias medíocres,
paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar.
Não sei brincar e ser café com leite.
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma,
que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes,
durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las.
Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante
- e porque posso achar errado - e ter que me desculpar -
e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade
se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.

Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio;
quero o mais, o demais ou o nada.
Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira,
mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer
e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que
nada é para sempre
."


' Gabriel Garcia Marquez

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