segunda-feira, 27 de setembro de 2010



Eu gosto da distância. Da sua ausência, da minha saudade. Da vontade, da chamada perdida, da música decorada. Dessa distância da minha boca pra sua. De sentir o seu hálito quente, de sentir você respirar, roçar meu rosto, te olhar de perto e às vezes corar. De não pensar, parar de rir. De brigar e partir. De xingar e excluir. Dar meia volta e te abraçar. Eternamente. Fantasiar ao seu lado, ser realista e até fria, ser contraditória, estúpida, tosca, envolvida. Desenhar seu rosto, gravar e esquecer esse momento, assim simultaneamente. Enlouquecer. Esquecer. Envolver. Falar, falar, falar. Silenciar. Ignorar, aprender. Estar com você é contraditoriamente indescritível.

' (do blog: .notas.)

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