domingo, 15 de agosto de 2010
São três da tarde. De um domingo por dentro. Faz sol. E a formosa jovem sozinha no mundo, outra vez. Olhos desimpedidos de chorar. Mas espiritualmente mansa. Não tinha sinais bons em sua testa. Mas ela sabia que aquilo ali era nuvem que passa. Dançava ao sol com a música de dentro. Foi como se a paz a tivesse tragado. E a fumaça, no fundo dos olhos, era pouco a pouco desembaçada pela lembrança dos sonhos mais limpos. Ela espera. E vira pó colorido no momento que 'o outro' dobra a esquina. Porque aprendeu que a vida é feita de momentos. E é isso que fica. As lembranças são tão lindas que deambulam com ela no jardim das doces sementes de girassóis que ela plantou na dor. Porque gosta de correr pelos campos e respirar o perfume das flores. Mesmo quando a vida dói. E tudo porque conhecia a palavra mágica, que abria as portas para a escadaria da paz. E seu halo azul, dirigia o olhar às estrelas, com passos fundos de quem não vai parar tão cedo. Ela quer o verde dos dias. Ela pensa que tem. Então é tudo verdade. E a luz da alegria lhe volta ao rosto. E dela, ela se serve com cuidado. E o estranho que tem fome de olhar fica, cada dia, mais hipnotizado com as suas cores. Porque ela é uma luz que ele deseja conhecer. Ela não derruba a montanha, ao contrário, abre uma fenda na rocha. E sopra ao vento a casca dourada do medo. Nos olhos, um sim escondido. Ela entende o recado. E o coração arqueado de paz se abre novamente para o horizonte tão sonhado. Aquele. De sorriso nos lábios.
' - Pipa
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